Autores: Iago M. Gonçalves, Rafaela D. Oliveira, Gabriel dos Reis, Thais G. Flor e Emeli M. de Araújo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde não é apenas a ausência de doença, mas a situação de perfeito bem estar social, físico e mental do indivíduo. Essa definição foi apresentada em 1946 e prevalece até hoje. Levando isso em consideração, a autoestima é uma ferramenta importantíssima para a manutenção da saúde. 

Autoestima

Muitas pessoas pensam que é necessário se encaixar em um padrão social para possuir autoestima elevada. Mas, por definição, a autoestima é o ato de se valorizar como indivíduo. Algo muito importante para isso é o autocuidado, que deve atuar na esfera física, social, mental e, para muitas pessoas, espiritual. 

Diversos estudos correlacionam a mudança de aparência com uma melhora na autoestima. E isso realmente é válido, desde que a pessoa sempre busque agradar a si mesmo com a mudança e não ao outro. 

Dentre artifícios utilizados para o autocuidado e também para a mudança de aparência, procedimentos estéticos e o uso de cosméticos são os mais aceitos, conhecidos e utilizados pelo mundo. Nesta matéria, aprofundaremos melhor sobre o uso de cosméticos.

O Brasil é um dos países em que mais se consome cosméticos no mundo, ocupando o quarto lugar no ranking mundial de consumo segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Esse alto consumo não é exclusivo somente ao público feminino, mas cada vez mais o mercado de cosméticos para homens vem crescendo, como mostrado nas matérias do mês passado. 

Conhecendo a relação entre autoestima e o uso de cosméticos, e também o alto consumo desses produtos pelos brasileiros, torna-se necessário conhecer o tipo de produto que se está utilizando, de forma que o uso deste traga-lhe o resultado desejado. Assim,

Saberia identificar o que é um produto cosmético?

De acordo com o que é definido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), pela RDC 07/2015, produtos cosméticos são produtos de uso externo com objetivo exclusivo ou principal de limpar, perfumar, corrigir odores corporais, alterar a aparência, podendo também ter capacidades protetivas e de manutenção do bem estado corporal.

Cosméticos são, em sua maioria, classificados pela ANVISA como grau 1. Nesses casos, são produtos que atuam especificamente nas camadas mais superficiais da pele com objetivo de alterar a aparência com um efeito mais imediato. Eles são isentos de registro e considerados de baixíssimo risco para o consumidor, exceto em casos específicos, como alergia ou utilização em crianças, o que não é recomendado. 

Mas existem também cosméticos classificados como grau 2 pela ANVISA, o que significa que precisam possuir no rótulo o número de registro e obrigatoriamente apresentarem ensaios de segurança e eficácia. Esses produtos são popularmente conhecidos como cosmecêuticos ou dermocosméticos.

Pois bem, Cosmecêuticos ou Dermocosméticos são produtos que misturam as propriedades de produtos cosméticos e produtos farmacêuticos. Normalmente são apresentados na forma de cremes, loções e emulsões e possuem diferentes princípios ativos, como vitaminas, antioxidantes, reparadores de colágeno e filtros ultravioleta, que modificam a estrutura da pele, por atuarem nas camadas mais profundas.

  • Exemplos típicos deste tipo de produtos são séruns de ácido hialurônico,  cremes contendo vitamina C, vitamina E, dentre outros ativos que ajudam a melhorar o aspecto da pele.

Por fim, vale ressaltar que cosméticos possuem aplicação tópica, ou seja, na pele, sejam eles dermocosméticos ou não.  Assim, produtos injetáveis, como toxina botulínica, preenchedores, ou cápsulas e comprimidos, como os nutracêuticos, NÃO são considerados cosméticos, mas sim medicamentos pela ANVISA, mesmo tendo a capacidade de alterar a aparência. 

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Referência bibliográficas:

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