Autores: Karen A. Nardy e Emeli M. de Araújo
Vem sendo crescente a conscientização e busca por cosméticos mais sustentáveis pelos próprios consumidores. O termo “clean beauty” tem sido muito utilizado no ramo da beleza e refere-se a cosméticos cujos componentes da formulação não são prejudiciais à saúde e nem ao meio ambiente.
Uma forma de informar o consumidor é através dos selos de certificação, que pode estar presente nas embalagens dos produtos. Os selos são emitidos por agências comprometidas com a sustentabilidade, certificando as empresas e seus produtos de forma a assegurar que estes obedecem a determinados requisitos e que de fato atende a um conjunto de padrões de responsabilidade e especificações.
Abaixo são apresentados os selos de certificação mais utilizados no mercado de beleza.
- CRUELTY FREE
Garante que todos os ingredientes, bem como o produto final, não foram testados em animais.
Em 2021, foi realizada a campanha “Salve o Ralph”, retratando os sofrimentos dos animais submetidos para realização de testes cosméticos; falamos disso na matéria “Cosméticos Verdes”. Esse vídeo gerou muita comoção no público e o assunto foi muito falado nas redes sociais. Finalmente, em dezembro de 2022, foi aprovada a PLC 70/2014 que altera a Lei nº 11.794/08 – que estabeleceu procedimentos para o uso científico de animais – para vedar a utilização de animais de qualquer espécie em atividades de ensino, pesquisa e testes laboratoriais que visem à produção e ao desenvolvimento de produtos cosméticos e de higiene pessoal e perfumes.
OBS: Nem todo produto com o selo Cruelty Free é necessariamente vegano, pois pode conter insumos de origem animal em sua composição.
- VEGANO
Um produto vegano não contém ingredientes de origem animal em sua composição e também não são testados em animais.
- ORGÂNICO
Significa que pelo menos 95% dos componentes da formulação são matérias-primas orgânicas. Devem ser produzidos com insumos da agricultura orgânica, cultivados sem uso de pesticidas ou organismos geneticamente modificados.
- NATURAL
São definidos por terem, no mínimo 95%, do conteúdo total de matérias-primas naturais. Os outros 5% podem ser constituídos por substâncias sintéticas listadas pela certificadora, mas que não estão inseridas nas matérias primas proibidas para cosméticos naturais (derivados de petróleo, silicone, parabeno, entre outros).
- OUTROS SELOS RELACIONADOS À SUSTENTABILIDADE
Agora que você conhece os selos, na hora de fazer as suas compras, atente-se para eles e ajude a garantir o futuro do nosso planeta!
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Referências:
- DE MACEDO, Flávia Cristina Alves; PIERRE, Fernanda Cristina. Certificação na Agroindústria Cosmética. Tekhne e Logos, v. 11, n. 3, p. 42-54, 2020.
- FRANCA, Vila; CUSTOIAS, Camilla. Percepção de produtores de cosméticos verdes e consumidores sobre a certificação natural, orgânica e vegana no contexto da Nova Economia Institucional. 2018. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.
- FLOR, Juliana; MAZIN, Mariana; FERREIRA, Lara. Cosméticos Naturais, Orgânicos e Veganos. Cosmetics & Tolletries (Brasil). Vol. 31, mai-jun 2019.
- KALIL, Célia Luiza Petersen Vitello et al. Clean beauty: artigo de revisão sobre a nova tendência em cosméticos. Dermatologia Cirúrgica e Cosmética , v. 14, p. 1-5, 2022.
- L’oréal Group. Rótulos: o que são e quais seus objetivos?. Disponível em: <https://por-dentro-dos-nossos-produtos.loreal.pt/as-nossas-respostas-as-suas-perguntas/rotulos-o-que-sao-e-qual-e-o-seu-objetivo>. Acesso em: 30 de julho de 2023.
Senado Federal. Projeto de Lei da Câmara n° 70, de 2014. Disponível em: <https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/118217>. Acesso em: 01 de agosto de 2023.